Mazda x Bose


Desde o início, a colaboração entre a Mazda e a Bose tem sido caracterizada não só pela engenhosidade da engenharia, mas também por uma espécie de espírito de afinidade entre as duas empresas: uma crença partilhada de que os produtos premium requerem soluções novas e não convencionais e que o resultado vale o risco.

IRMÃOS EM MENTALIDADE

UNIDOS POR UMA PAIXÃO PELA EXCELÊNCIA

Desafiar as convenções, fazer as coisas de forma diferente, foi sempre este o lema da Mazda. Desde o motor rotativo que tornou a Mazda na primeira marca japonesa a vencer a corrida das 24 Horas de Le Mans, até ao revolucionário motor a gasolina Skyactiv-X, que combina a eficiência de combustível e o binário a baixa velocidade de um bloco diesel com a potência e a dirigibilidade de um motor a gasolina, a Mazda tem abraçado os desafios como um catalisador para o sucesso, fazendo-o há mais de um século. E embora os próprios desafios tenham mudado ao longo dos tempos, a essência deste "Challenger Spirit" manteve-se.

Uma atitude que imediatamente se repercutiu na equipa da Bose. "Tem havido uma grande química natural entre os membros da equipa Mazda e os membros da equipa Bose desde a primeira reunião até aos dias de hoje", afirma Mike Rosen, o Engenheiro-Chefe da Bose que trabalhou no primeiro projecto conjunto, o Mazda RX-7, que já vinha com o seu próprio conjunto de desafios. Para proporcionar o som que os engenheiros procuravam, tinham de encaixar o tubo "Acoustic Wave Cannon" de 3,6 metros de comprimento na parte de trás do veículo, tarefa que acabou por ser realizada através de um sistema de múltiplas dobras e curvas. Nas três décadas que se seguiram, as duas empresas trabalharam numa série de projectos igualmente desafiantes, mas gratificantes, incluindo o icónico roadster Mazda MX-5, o primeiro a apresentar os altifalantes UltraNearfield integrados nos encostos de cabeça, e o Mazda MX-301, o primeiro automóvel de produção totalmente elétrico a bateria do fabricante, onde a ausência de qualquer som do motor abriu novas possibilidades para um design de som excepcional.

O objectivo de cada um deles era conseguir a harmonia perfeita entre o condutor, a música e o veículo. Porque, embora cada empresa tenha naturalmente a sua própria área de especialização, há também algo importante que todos os membros da equipa partilham. Frederic Hartnick, Diretor de Desenvolvimento de Veículos e Eletrónica Avançada da Mazda Research Europe, acredita enfaticamente que, "Todos os que trabalham para a Mazda e para a Bose podem ser descritos como pessoas com paixão."

Uma paixão pelo prazer de conduzir um automóvel suave e de resposta rápida enquanto se ouve a música de que se gosta, qualquer que seja o modelo ou género. E, igualmente importante, uma paixão por fazer o que for preciso para proporcionar essa sensação aos clientes em todo o mundo. Mesmo se e especialmente quando o caminho para lá chegar é desafiante.

É essa paixão pela excelência que tem impulsionado a colaboração entre a Mazda e a Bose ao longo das últimas três décadas, e continuará a fazê-lo nos anos vindouros.

O INÍCIO: MAZDA RX-7

O ano de 1991 marcou o início de uma parceria tecnológica que se estendeu ao longo de três décadas e por inúmeros modelos de automóveis. Desde que, há trinta anos, a Mazda e a Bose começaram a trabalhar em conjunto no Mazda RX-7 de terceira geração, as duas empresas têm continuado a colaborar em soluções inovadoras de som de alta qualidade que contribuem para uma experiência de condução superior. Em conjunto, o poder da sonoridade e o prazer de condução proporcionam uma experiência de cliente excecional e envolvente, a qual permite aos passageiros sentir todo o pormenor acústico e o impacto emocional de um concerto ao vivo dentro dos seus próprios automóveis.

"Conduzir e ouvir música criam uma certa reação química na nossa mente", diz Ryoji Oe, o engenheiro de áudio da Mazda que trabalhou na terceira geração do coupé de motor rotativo. Na busca de uma tecnologia de áudio excecional, que pudesse corresponder aos padrões de qualidade superior que a equipa de desenvolvimento tinha estabelecido para o novo RX-7, deparou-se com o sistema Acoustic Wave Cannon da Bose, um sistema de reprodução de graves para instalações de som profissionais, composto por um tubo de 3,6 metros de comprimento com um woofer de elevada potência no seu interior. A solução invulgar era adequada, mas a integração da tecnologia de altifalantes Waveguide da Bose num automóvel parecia um desafio quase intransponível. No entanto, através de um engenhoso sistema de dobras e curvas, os engenheiros da Bose e da Mazda conseguiram acondicionar na perfeição o longo tubo na traseira do automóvel, sem comprometer o espaço do habitáculo ou da bagageira, alcançando-se graves mais nítidos e claros do que parecia ser possível. "A tecnologia Acoustic Waveguide e o RX-7 tornaram a música fácil", recorda Mike Rosen, Engenheiro Principal da Bose Automotive Systems e envolvido no projeto de há 30 anos. Um sucesso que deu início a uma longa série de outros projectos destinados a proporcionar o mesmo nível de som superior a muitos modelos Mazda futuros.

CAPOTA PARA BAIXO, VOLUME PARA CIMA

Uma qualidade de som superior para uma experiência de condução superior: tem sido esta, desde o seu início, a força motriz por detrás dos 30 anos de colaboração entre a Mazda e a Bose. Um desafio particular no caminho para a concretização desta ambição foi o modelo mais icónico da Mazda até à data: o Mazda MX-5. Como nenhum outro modelo da Mazda, este roadster simples e desportivo personifica o prazer de condução e a união entre o carro e o condutor - aquela sensação Jinba Ittai tão especial - que define a Mazda como marca. Quando foi apresentado pela primeira vez em 1989, o MX-5 conquistou de imediato o mundo e, décadas mais tarde, a quarta iteracção do atrevido descapotável continua a ser tão popular como sempre.

Desde o início que os engenheiros da Mazda se empenharam em integrar as mais recentes tecnologias avançadas sem sacrificar o prazer de condução retirado de um desportivo simples, com o sol na cara e o vento no cabelo. O design do som não foi exceção: em 2005, altura em que a terceira geração do popular roadster chegou às estradas, proporcionar uma excelente qualidade de som para carros descapotáveis quando a capota se encontra aberta tinha sido um desafio para os Construtores de Equipamentos Originais (OEM) e designers de som de todo o mundo. As características acústicas do habitáculo mudam consoante a posição do tejadilho e, com a capota completamente aberta, as vozes e os instrumentos poderiam perder-se na batalha contra o vento e os ruídos exteriores.

Para evitar este problema, a equipa de engenharia de som da Bose e da Mazda apresentou duas soluções inovadoras. Em primeiro lugar, implementaram um interrutor EQ Equalizer para ajustar automaticamente a definição de som quando a capota está recolhida. Depois, foram incorporadas colunas UltraNearfield directamente nos apoios de cabeça dos bancos. Utilizando o processamento de sinal TrueSpace, a tecnologia proporciona um som surround nítido, potente e amplo, permitindo uma experiência de audição envolvente, mesmo quando o tejadilho está aberto. Além disso, a tecnologia AudioPilot Noise Compensation da Bose foi utilizada para compensar o aumento dos ruídos da estrada ou do vento em diferentes cenários de condução: o sistema monitoriza continuamente todo o ambiente sonoro no interior do habitáculo e ajusta automaticamente a reprodução de áudio às circunstâncias em constante alteração. Assim, os condutores podem concentrar a sua atenção na música e na experiência de condução sem a necessidade de efectuar reajustes manuais. O MX-5 foi construído para o prazer de condução e o sistema de som Bose, de qualidade superior, só vem aumentar essa diversão.

A EXPERIÊNCIA BASSMATCH

O mais recente marco na cooperação entre a Mazda e a Bose surgiu com a mais recente geração de automóveis Mazda. Começando com o Mazda3, deu às duas empresas a oportunidade de repensarem, uma vez mais, o design convencional do som no interior dos veículos. A solução encontrada foi utilizada com sucesso em todos os modelos que se lhe seguiram, nomeadamente o Mazda CX-30 e o Mazda MX-30, o primeiro veículo 100 por cento elétrico, a bateria, da marca. Os woofers foram deslocados do seu local tradicional nos painéis das portas para a lateral do capot, acima do painel de proteção, nova colocação que não só liberta espaço para bolsas maiores nas portas, como também contribui para uma melhor experiência sonora: a energia dos graves que emana dos altifalantes é reflectida pelo piso, pela parede corta-fogo e pela parede exterior em simultâneo, tal como aconteceria no canto de uma sala. Este efeito de carregamento de canto cria uma reprodução de graves rica e com um impacto notável, sem ser estrondosa nem propensa a trepidações. Para além disso, os graves do lado do capot são complementados por um subwoofer adicional na traseira que permite "igualar" os graves em todo o habitáculo. A nova configuração - apropriadamente denominada BassMatch - mostra todo o seu potencial no Mazda MX-30: uma vez que não existe som proveniente do motor, o condutor e os passageiros podem vivenciar ainda mais pormenores e uma experiência áudio mais rica do que nunca.